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Liziane Lopes, conhecida como Lica, compartilhou imagens do procedimento e teve repercussão negativa

Ninfoplastia da mãe de Vanessa Lopes repercute nas redes sociais

Liziane Lopes, conhecida como Lica, mãe da ex-BBB Vanessa Lopes, virou assunto nas redes sociais após publicar imagens da cirurgia íntima pela qual passou. Em uma das postagens, era possível ver a parte que foi retirada da vagina durante o procedimento, chamado de ninfoplastia .

Após uma repercussão negativa por conta da exposição, Lica apagou o conteúdo e fez uma nova postagem: "Eu quis colocar uma parte da cirurgia onde mostra a pele que foi retirada dos pequenos lábios. No entanto, deu muito bafafá. Eu tinha o intuito realmente de trazer muita gente pra ver o vídeo porque eu acho que é um assunto muito relevante e importante, porque muitas mulheres têm tabus, não sabem e precisam dessa informação", justificou.

"Eu não gosto de polêmica. Quando tem algo assim: 'ah, passou dos limites?' Eu repenso. Não tenho problema nenhum com isso. Se passou um pouquinho, estava desagradável para alguém... quer saber? Eu não me apego à quantidade de curtidas, engajamento. Eu quero entregar para vocês um conteúdo de qualidade", disse.

Lica reúne cerca de 1 milhão de seguidores no Instagram, onde fala sobre beleza, mundo fitness e rotina.

Para a cirurgiã plástica Barbara Goldoni, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), tirando a questão da exposição, o caso teve o lado positivo de trazer à tona um assunto pouco falado abertamente.

Zero Hora traz abaixo um ponto a ponto sobre a ninfoplastia.

O que é o procedimento?

Chamada de ninfoplastia ou labioplastia, a cirurgia reduz os pequenos lábios (ou lábios internos) da vulva. O procedimento envolve a retirada de um excesso de pele da região, quando há um aumento do tamanho — uma projeção — em relação aos grandes lábios (ou lábios externos). Algumas mulheres podem apresentar uma assimetria na genitália, desenvolvida durante a puberdade, por questões hormonais, ou ao longo dos anos, devido a oscilações expressivas de peso e até mesmo pelo envelhecimento.

Quais as funções dos pequenos e grandes lábios?

A cirurgiã plástica Barbara Goldoni, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), explica que ambas as estruturas têm função protetora. Os pequenos lábios protegem contra infecções urinárias e ressecamento na medida em que fecham o canal vaginal. Já os grandes lábios, além da proteção, também têm a função de amortecimento.

Em quais casos a ninfoplastia é indicada?

Conforme a médica, a ninfoplastia — assim como outras cirurgias íntimas — é recomendada para pacientes que sentem algum incômodo físico ou emocional, ou seja, insegurança com eventual assimetria ou tamanho.

A circunstância pode provocar diferentes desconfortos funcionais no dia a dia: dificuldades para a realização de práticas esportivas, como corrida e ciclismo; dores ao fazer uso de roupas justas, como calças jeans, biquínis e calcinhas, devido ao atrito entre a pele e o vestuário; dores e diminuição do prazer na relação sexual, já que os lábios internos podem acabar sendo empurrados para dentro da vagina durante a penetração; insegurança, constrangimento com a aparência e baixa autoestima.

É anormal ter os lábios aumentados?

A cirurgiã plástica esclarece que o principal fator que determina as características da estrutura é a genética.

— É uma característica individual. Isso é o mais importante: frisarmos que ter o lábio grande não é anormal e não é um problema se não incomoda, porque é só uma característica física daquela pessoa. Mas, se essa sua característica física normal te causa algum sofrimento, existe tratamento — pontua a especialista.

Muitas vezes, mulheres desenvolvem expectativas por resultados ideais inspirados em padrões irreais. É normal que a vulva, assim como as demais partes do corpo, tenha diferentes formas e tamanhos de pessoa para pessoa.

O que é importante levar em conta?

Antes de optar por qualquer cirurgia, é essencial entender a intervenção de forma completa e as motivações para realizá-la. Apesar de simples, a ninfoplastia é irreversível. Dessa forma, é importante não banalizar o procedimento.

Como é feito o procedimento?

A ninfoplastia é uma cirurgia que deve ser conduzida por cirurgiões plásticos ou ginecologistas especializados. O procedimento dura, em média, uma hora e pode se estender caso outras intervenções na região íntima sejam realizadas, como preenchimentos localizados com gordura e alteração no clitóris, no períneo ou nos grandes lábios.

É avaliada a proporção entre os lábios externos e internos para que seja retirado somente o excesso e as funções não sejam comprometidas.

Considerada de baixa a média complexidade, a ninfoplastia é feita em clínicas ou hospitais, com anestesia local ou geral. A cirurgiã Barbara Goldoni defende que o procedimento seja feito em centro cirúrgico sob anestesia geral, para que a paciente tenha o suporte de profissionais e da estrutura hospitalar para caso ela venha a ter alguma reação adversa.

Como é o pós-operatório?

A cirurgia não exige internação. A sutura é feita com fios absorvíveis, de maneira que nenhuma cicatriz fique aparente e que o próprio organismo os expulse.

A paciente deve ter atenção especial à higiene do local e ao repouso, de acordo com a indicação médica. Em geral, em poucos dias, ela poderá retornar ao trabalho, mas precisará esperar cerca de um mês para retornar com atividades físicas e com relações sexuais.

O procedimento afeta o prazer?

A especialista destaca que, quando a cirurgia é feita por um profissional especializado e que conhece a anatomia, não há riscos para a sensibilidade.

— Qualquer corte no nosso corpo temporariamente causa uma espécie de dormência, um desconforto, uma leve perda de sensibilidade imediata, que vai durar alguns dias (cerca de uma semana) até que a cicatrização comece a acontecer — pondera.

Há riscos?

Assim como qualquer cirurgia, a ninfoplastia apresenta riscos e possíveis efeitos colaterais. Por ser uma área com potencial de sangramento, uma contraindicação seria a mulher ter alguma condição que predisponha a um sangramento aumentado ou uma dificuldade de cicatrização.

Um dos principais relatos é a desproporção e retirada excessiva de pele, que leva a um comprometimento do resultado e à sequelas. Quando o médico retira mais mucosa do que deveria, a região fica mais vulnerável a infecções e à secura.

Nesse sentido, é essencial estar atenta ao profissional escolhido, para que ele ofereça um acompanhamento adequado e permita discutir as expectativas em torno do resultado desejado e daquilo que é possível. Da mesma forma, é necessária uma correta avaliação pré-operatória, com exames que permitam avaliar as condições da paciente.

* Colaborou Carolina Dill

Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br

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